
- Romildo a admira genuinamente. Ele podia começar a se redimir dos seus abusos, encaminhando de alguma forma uma mulher valorosa como o a Rita, para a política. Acho que ela poderia ser uma moça boa no meio das podres. Ela tem valor, tem capacidade, é inteligente, falta só uma boa oportunidade.
Mas Rita também não se deslumbrou com o dinheiro de Romildo?
- A Rita é uma mulher real. Não é um estereótipo apenas da moça digna. Ele é digna, correta, mas é passível de se fantasiar podendo dar uma vida melhor para sua filha, já que as perspectivas dela, nesse momento, são sofríveis. Acho que isso ficará mais claro daqui por diante.
O péssimo relacionamento que Rita tem com sua mãe, conta Christine, também traçou o perfil da personagem.
- Uma mãe que impingiu a ela o mesmo drama que ela impingiu à filha, Camilla (Freud explica). O drama da Ilegitimidade. Dulce nunca disse a Rita quem é seu pai e Rita ressente Dulce por isso (Rita é filha de pai desconhecido, adoraria que no curso da novela ela descobrisse quem é seu pai). Daí, por si só, já se desenha uma relação nada saudável. No entanto, Dulce é "a que ficou", portanto, Rita precisa daquela figura materna, por mais doentio que seja, para existir. Rita se sente como tendo uma fissura moral, uma ferida mortal. A ilegitimidade é um drama enorme e complexo.
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